Estas, e tantas outras questões, invadem os pais diariamente. A verdade é que ninguém nos ensina a ser pais, podendo ser uma experiência assustadoramente semelhante a tentarmos aprender a nadar, já dentro de água, sem ter pé. Tal é ainda mais verdade quando as nossas figuras de referência não assumiram um papel de escuta activa, colo e acolhimento connosco, faltando-nos um modelo concreto de como viver a parentalidade de forma mais conectada, prazerosa e consciente.
“Por que é que a minha filha faz tantas birras?”
“Quero deixar de gritar com os meus filhos. O que devo fazer?”
“O meu filho tem medo de ir à casa de banho sozinho. É normal?”
“Como é que posso ajudar a minha filha a adaptar-se melhor à escola?”
Aprender, antes de ensinar
As sessões de aconselhamento psicológico parental são um espaço seguro, de expressão de dificuldades, de medos, de dúvidas relativamente à relação com a criança e a tudo o que faz parte do seu funcionamento – emoções, pensamentos e comportamentos.
Para que os pais consigam entender e gerir as acções da criança, ao longo da sessão serão conduzidos por vários processos, tais como:
Compreender as necessidades que habitualmente estão por detrás do comportamento da criança (há sempre uma necessidade que explica determinada acção);
Conhecer as necessidades mais frequentes em cada fase de desenvolvimento e como lhes responder;
Desconstruir expectativas, diferenciando aquelas que são ajustadas das que foram incutidas (até no papel de filhos);
Aceder a informação actualizada e fidedigna sobre desenvolvimento infantil;
Identificar as diferentes emoções e formas de as trabalhar a partir da relação;
Conhecer o funcionamento do cérebro ao longo do desenvolvimento;
Explorar a essência da criança (as suas características) e ajustar a forma como a interacção é conduzida com base nesse conhecimento;
Construir um vínculo seguro e duradouro.
Outros Serviços
A sua existência é uma prioridade, o seu bem-estar é uma urgência, o seu equilíbrio interno é a nossa missão.
Estes conhecimentos permitem aos pais não só gerir as preocupações actuais, como distinguir aquilo que será (ou não) motivo de preocupação ao longo do crescimento dos filhos.
Desafios da Parentalidade
O maior desafio da parentalidade não é educar a criança, é reeducarmo-nos
Embora seja tentador apontar a criança como a parte que precisa de ser corrigida, a verdade é que é a partir da interacção com as figuras de vinculação que o mundo interno da criança se constrói. Por este motivo, o trabalho com os pais assume um papel fundamental na interrupção dos mecanismos que tantas vezes, sem que exista consciência disso, mantêm activos os comportamentos considerados menos ajustados. No fundo, trata-se de um processo de apoio à construção da criança, enquanto os pais têm a oportunidade de se reconstruírem, sendo libertador para ambos.
Ao conhecermos o papel dos nossos próprios gatilhos na forma como interpretamos o comportamento da criança e como tendemos a reagir (por exemplo, a criança que não podia dizer “não” tenderá na idade adulta a ter mais dificuldade em lidar com o “não” dos filhos, pois nunca o pôde dizer), tornamo-nos mais conscientes daquilo que nos faltou e de como o podemos dar aos nossos filhos, isto é, de como é possível tornarmo-nos no adulto que eventualmente nos faltou (paciente, compreensivo, empático, caloroso, respeitador).
No final da sessão pretende-se que os pais saiam com uma perspectiva abrangente da situação, que envolva todas as partes e contextos, assim como uma maior abertura para verem verdadeiramente os seus filhos, reconhecendo a sua essência e o que estão a precisar.
As sessões podem ocorrer por duas vias:
On-line: Através do zoom, tem o valor de 65€ e a duração de 1h.
Presencial: Na Clínica 3m’s (Odivelas), tem o valor de 70€ e a duração de 1h.